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sábado, 20 de abril de 2013

Valdely



Pode não ser o melhor dia
Mas que seja um dia melhor
Liberdade antes que tardia
Você quer um alfajor?

Ser feliz me arrepia
Casa Branca ou Rosada
O que eu gosto é do sabor

Como o sol de cada dia
Se você não fizer nada
Como encontrará o amor?

Vem de graça vem sincero
Pode até cair no colo
Mas coqueiro só da coco
Depois que cresceu no solo

Quero ouvir os meus hermanos
No antepenúltimo refrão

Quem nunca usou os conselhos
De uma Rosely Sayão?


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Poço


Sair do fundo do poço
Eu posso

Basta usar as pernas e escalar a parede estreita
Vou ter que usar a esquerda e a direita

E como um gancho os dedos que estão na minha mão
Toco no escuro as paredes frias

Preencho as minhas horas tão vazias

Nem que eu tenha que cravar as unhas no limbo
O sol é lindo

Subindo...
Mais bonito é ver você sorrindo

Será que você não sabe que eu estou aqui?
Fui te procurar e caí



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Resposta



Ir contra o fluxo natural

Deve haver algo errado
O peixe não sobe a correnteza só para exercitar o nado

Não posso lhe contar é segredo
Não foi da noite para o dia que você virou brinquedo

Vamos conviver, essa é a solução 
Hoje eu quero escrever para afastar a solidão

E não adianta já estamos ligados
Vai me receber na janta porque estamos conectados

E se ninguém me responder
Não tem o menor problema, eu não vivo esse dilema, sei que você vai me ler!

Eu sempre falei sozinha
Mas passei a escrever depois que eu vi você parado nas entrelinhas

Como ignorar a vida... Como ignorar agora?
Não entende, um suicida apenas sente que a partida alivia a dor que aflora

A minha cabeça, seu mictório, terminei no sanatório
Alguém chame a ambulância!

Já escrevi pedi socorro, eu não sei porque não morro
De onde vem a minha ânsia?

Se afaste das janelas, fique longe dos remédios
Evite andar sozinha, olhe por onde caminha
 Pode ser a sua vez

Nada mais me motiva... por ti eu sou uma falida
Só vivo por quem me fez!

Enquanto eles durarem eu seguro o meu impulso
Como para compensar e o sono é mórbido

Tenho que improvisar com algo avulso
Melhor eu pensar em algo sólido

Enfiar a cabeça só no trabalho
Tentar algo a mais com muito estudo

Enquanto isso me distrai
Quem sabe algo me atrai
Um dia mudo

Não te esqueço jamais
Minha glória e ruína

Momentos inesquecíveis
Prazeres inconfundíveis
Te quero desde menina!

A dançar ao som da valsa
Um tango, quem sabe salsa
Balas de naftalina

Só e louca pelos cantos
Ando a carregar meu manto
Que é feito da sua farda

O meu guerreiro morre em combate e nunca mais volta
E quem dá o cheque mate não se revolta

Amarga a minha voz ecoou:

-Tem alguém aí?


Se tiver me responda:
Porque é que Jane Fonda não transou com o Spike Lee?

Eu não sou adestrada, a minha fúria é ser castrada
O que faço nesta estrada sem ti?