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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Resposta



Ir contra o fluxo natural

Deve haver algo errado
O peixe não sobe a correnteza só para exercitar o nado

Não posso lhe contar é segredo
Não foi da noite para o dia que você virou brinquedo

Vamos conviver, essa é a solução 
Hoje eu quero escrever para afastar a solidão

E não adianta já estamos ligados
Vai me receber na janta porque estamos conectados

E se ninguém me responder
Não tem o menor problema, eu não vivo esse dilema, sei que você vai me ler!

Eu sempre falei sozinha
Mas passei a escrever depois que eu vi você parado nas entrelinhas

Como ignorar a vida... Como ignorar agora?
Não entende, um suicida apenas sente que a partida alivia a dor que aflora

A minha cabeça, seu mictório, terminei no sanatório
Alguém chame a ambulância!

Já escrevi pedi socorro, eu não sei porque não morro
De onde vem a minha ânsia?

Se afaste das janelas, fique longe dos remédios
Evite andar sozinha, olhe por onde caminha
 Pode ser a sua vez

Nada mais me motiva... por ti eu sou uma falida
Só vivo por quem me fez!

Enquanto eles durarem eu seguro o meu impulso
Como para compensar e o sono é mórbido

Tenho que improvisar com algo avulso
Melhor eu pensar em algo sólido

Enfiar a cabeça só no trabalho
Tentar algo a mais com muito estudo

Enquanto isso me distrai
Quem sabe algo me atrai
Um dia mudo

Não te esqueço jamais
Minha glória e ruína

Momentos inesquecíveis
Prazeres inconfundíveis
Te quero desde menina!

A dançar ao som da valsa
Um tango, quem sabe salsa
Balas de naftalina

Só e louca pelos cantos
Ando a carregar meu manto
Que é feito da sua farda

O meu guerreiro morre em combate e nunca mais volta
E quem dá o cheque mate não se revolta

Amarga a minha voz ecoou:

-Tem alguém aí?


Se tiver me responda:
Porque é que Jane Fonda não transou com o Spike Lee?

Eu não sou adestrada, a minha fúria é ser castrada
O que faço nesta estrada sem ti?