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sábado, 29 de dezembro de 2012

A vida é verde


Temos muito espaço no Brasil
E vivemos amontoados nas cidades

Talvez seja porque a tecnologia ainda não evoluiu o suficiente 
A educação ainda é carente

Os interesses são incoerentes
A maneira de se trabalhar não é das mais inteligentes

Ainda não começamos a trabalhar para viver
Fazemos o contrário

Vou procurar a vida num dicionário...

Prisão


Brincos de princesa

Originais
Orgânicos

Duram uma vida
Passarinho preso
Um cantor suicida

Morrer implorando a liberdade
Fria impunidade


Cotidiano



Vejo através da janela do ônibus 
Sempre o mesmo filme A cidade cinza paralisada Pessoas que dormem nas calçadas Pedintes que fazem a vida às margens Cheiro de esgoto no ar Entre carrões e milhões de populares Eu tento cochilar O aperto do ônibus arranca o meu fone de ouvido Me perco então nos gemidos Muitos sorrisos Está apertado Licença Estou resfriado Doença Há um certo prazer em toda porção de dor? E até com o ódio fazemos amor Ninguém tem culpa O sistema é assim Pegue uma lupa Verá muito em mim Estou submetido até a última instância Por mais que eu fuja da minha ignorância O meio não perdoa Todos no porão Poucos lá na proa Qual é a razão? O rodízio existe para os carros Fumaça Aqui sempre sobra Cachaça E sobe mais um prédio Aonde não cabe mais ninguém Aqui ninguém se respeita Por mim está tudo bem Não preciso conhecer o meu vizinho Entre muitos aprendi a ser sozinho Sou mais um paulista Dos mais infelizes Perco a minha vida na pista Ou embaixo das marquises

Vida amarga
Aqui alaga

Você escolhe se não tiver helicóptero
Para não pegar trânsito
Saio na madrugada

Estudo para trabalhar Trabalho para estudar
Queria mesmo saber viver Que alívio, chegou a minha vez
Vou descer...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ode ao Band-Aid

Ode ao Band-Aid
É bom até quando é home made
Quero vc colado em mim
Ah... eu quero sim!
Cure a minha dor
Amor Amor Amor!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Eu amo SP



Porque não melhor estruturada
                                                             A cidade que foi construída 
Cresce tão desordenada 
Feito uma criança perdida

Cabe ao governo organizar
Limitar e controlar

Aqui é terra de ninguém
Criança só quer brincar
Controle em notas de cem

Prostituídos vivemos
Sem saber o que é o bem

Somos espertos levamos vantagem
A máquina corrói a propria engrenagem

Sem moral e sem orgulho
Ninguém olha para o entulho

Por isso tudo é mais caro
Nós intupimos o ralo
E desgraçamos os rios

Suicídio inconsciente
Mas o dinheiro é colírio
Para a criança carente

Pode entrar faça o que você quiser
Sei que não vai me amar
Eu nem sou a sua mulher
Hoje eu como
O que é sustentabilidade?
                                                                 Quem são os donos
                                                                Dessa p*** de cidade?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A morada

Morar no exterior
Estar de fora
Sentir a dor do amor
E ir embora
Entre letras e procedimentos
Fui bem cuidada
E de muitos acontecimentos
Alienada
Eu e o meu disco voador
Minha HD externa
Ainda guardo o seu calor
Nas minhas pernas
Por ruas frias eu caminho contente
A sua voz ecoa na minha mente
A todo vapor 
Um, dois, três
Só em meu computador
Com puta dor
Holandês
Virtual essa minha realidade
Todos estão sempre comigo
Chamo de felicidade
O que chamam de perigo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O tesouro perdido



Agora eu tenho uma recomendação médica para escrever
Isso pode ajudar a organizar as idéias e entreter

Eu busco a cura para os meus vômitos na madrugada
Eu sei que foi algo que eu não engoli direito, fico entalada

Sei que os médicos não vão achar nenhum vestígio
Sei também o que é amar sem ter prestígio

A vida segue e eu devo curar a minha dor
Nem que eu te negue a te picotar com o ventilador

Assim que eu terminar os meus planejamentos
Filhos, um lar e alguns bons momentos
Nem pensar, eu já desisti
Com a vida que levo vou me contentar
Só por ti

Tudo fruto do meu Capote Valente
A Guimarães na Cristiano Viana
Chega de amor inconsequente
Lá eu deixo toda a minha grana

Eles apertam meus parafusos soltos
Conserto os meus fusos tão revoltos

Eu vou me reerguer
Já está acontecendo
Eu voltei a trabalhar
Estou de frente pro mar
E Deus tá vendo

Isso é o que importa
Além dos livros que eu quero ler
Você pode bater em minha porta
Eu não vou te atender

Só tem espaço agora para quem me faz o bem
Igual a vc só até a segunda página
Hoje eu tenho mais de cem

Sem chances de cair agora, é impossível
Nessa vida ela não namora
A emoção tá invisível

Chega de desgaste
Não vou deixar uma haste
Para alguém se pendurar

O rio que tu alagaste
Me causou tanto desgaste
Que eu me encontrei no mar

Barcos de pesca singelos passam e me reconhecem
Mantenho distância dos cruzeiros
Os corais me aquecem

Navego entre as estrelas do céu e do mar
Me perco no reflexo das águas

E após um dia de contemplação
No meu barco de papel

Sei que os meus estão por perto
E fico feliz por isso

Por mim eu sempre volto
Por eles eu jamais teria ido

domingo, 2 de dezembro de 2012




Eu te vi, eu te vi em outra pessoa
Eu sorri, eu mereci não foi a toa
Quando me deixou e eu morri...
Vida que voa!



Por que tanta gente subestima
A nossa alma, nossa auto-estima
E por mais que seja forte
A culpa sempre e´ da sorte

Quando algo deu errado
Outro teria melhor cuidado

Nada é feito pra você
Tudo a te desmerecer

Tanta competitividade
Dá um nó na garganta
Para as superficialidades
Um olhar só adianta
Um passo adiante
Somem todas as verdades

Ainda sim há quem vá longe
E na trapaça se estabeleça

Eu em minha vida de monge
Não vou perder a minha cabeça

Qual é a essência que sobrevive
As suas turbulências e aos seus declives

Ter estômago de plástico
E um cérebro elástico

Muitas mentiras sim
Construídas e esculpidas sobre mim

Pergunte sempre para a pessoa certa
E não se contente se sua mente estiver deserta

E tão descrente feito alguém encabulado
Um ser tão carente vive um dia tão nublado

Em meio as nuvens feitas de algodão doce
Eu sempre lhe ouço porque foi você quem trouxe

Essa neblina rara e feita só pra mim
Que tenha uma vida e que não seja o meu fim

Trace um limite na linha do meu horizonte
Sem dinamites, quero me banhar nas fontes

Da sua água me embebedar novamente
Curar a minha mágoa e entrar na sua mente

E na fortaleza que nós vamos construir
A sua beleza cuidará do que há por vir
Seus conhecimentos ocultos
São meus desejos mais explícitos
Amar alguém culto soa assim algo tão ilícito?
Me encanta os dias e assombra as minhas noites

Oh solidão
Foi o seu não que me acordou!
Se eu digo não
É porque você não chegou...

E nas festas frias eu me perco em sua miragem
As fantasias perderam a cor e a cartilagem

Joy, jóia, Boy bóia...
You born to me.