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quarta-feira, 25 de abril de 2012

A noiva


Ter que comer algo e não sentir o gosto
Não compreender o porquê de tanto imposto
Vc acredita no acaso
Veja que no fundo o mar é raso
Sinta ao seu lado, bem perto de você
Tem alguém louco para se perder
Como compreender a situação
Atenha-se a tudo que lhe diz não
Saiba a pergunta para todas as respostas
Envie para o inferno as suas propostas
Eu não vou me ater a legislação
Posso te conter em um caroço de feijão
Uma parede, uma Janela, uma telha
Uma escada, um estrado ou uma grelha
Alcatéias de caixas de isopor
Fabricadas em um disco voador
Sempre existe o verme hospedeiro
A grana que dorme no bolso dos empreiteiros
Dos hospitais faculdades e prefeituras
Superfaturadas almofadas e ataduras
As emendas que ligam o cartel
Sinta ligas desfilam no motel
O que podemos dizer da nossa singela casa?
Sucrilhos tentam se prender em uma tigela com asas
Decola degola Decodifica
Angola Ebola minha prima é rica
Qual é o preço que podemos pagar?
Até quando vamos nos sujeitar?
Pedágio, é frágil meu pedalinho
Belágio, um cofre, um golfinho
Nada, mergulha mergulhão
Fada fagulha fogaréu
Sentada no banco dos réus eu te vi
Dançava créu cantando Bem-te-vi
Velocidade em números romanos
Voracidade chinesa dos haitianos
Em marte é fácil, tá pra mim
Somos todos verdes
Como o brócolis, a rúcula e o aipim
raízes apontadas para o céu
Cachoeiras ressecadas e sem o véu
A noiva segue com o enterro
Sem saber onde está o erro

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